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Consulta de Planeamento Familiar e Saúde Materna

Consulta do Pavimento Pélvico

A Consulta de Planeamento Familiar constitui uma componente fundamental na prestação de cuidados em Saúde Reprodutiva.

Esta consulta assegura, também, outras atividades de promoção da saúde, tais como: informação e aconselhamento sexual; prevenção e diagnóstico precoce das doenças sexualmente transmissíveis; rastreio do cancro do colo do útero e da mama, assim como a prestação de cuidados pré-concecionais e no puerpério.

 

especialidade disponível nas unidades

A quem se destina?

Destina-se a mulheres em idade reprodutiva e aos respetivos companheiros, que podem e devem estar presentes.

Idealmente, a primeira Consulta de Planeamento Familiar deve ser realizada antes do início da vida sexual, de forma a permitir, atempadamente, a escolha do método anticoncecional mais adequado para cada paciente.


Quais são os objetivos desta consulta?

Tem como principais objetivos:

  • Promover a vivência da sexualidade de forma saudável e segura.

  • Regular a fecundidade segundo o desejo do casal, mediante orientações específicas sobre os métodos contracetivos.

  • Preparar para uma maternidade e paternidade responsáveis.

  • Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil.

  • Reduzir a incidência das doenças sexualmente transmissíveis e as suas consequências.

  • Melhorar a saúde e o bem-estar da família.

 

Nesta consulta, além das orientações gerais sobre os diferentes métodos contracetivos, prescrição dos mesmos, aconselhamento e vigilância, também é possível:

  • Inserção e a remoção de implante subcutâneo.

  • Inserção e remoção de dispositivo intrauterino.


Menopausa

Esta consulta também promove a saúde da mulher na Menopausa, uma fase marcada por alterações fisiológicas específicas. 

Trata-se de um processo biológico natural da vida da mulher e corresponde à data da última menstruação, em consequência de falência ovárica definitiva.

O diagnóstico clínico é realizado apenas retrospetivamente, ou seja, depois de 12 meses consecutivos de amenorreia, que não seja explicada por outra causa patológica ou fisiológica.

Desta forma, a médica zela pelo bem-estar da mulher na pré-menopausa e pós-menopausa, avaliando e reconhecendo os seus sintomas, como por exemplo: os sintomas vasomotores, aumento de peso, hemorragia vaginal disfuncional, alterações urogenitais, atrofia vulvovaginal, alterações de humor e memória, entre outras.

Após a avaliação clínica, é recomendada à paciente a Terapêutica Hormonal de Substituição (THS) mais adequada, para minimizar a sintomatologia geral relacionada com a menopausa.


Saúde Materna

A Consulta de Saúde Materna apoia, de forma integral, a saúde da mulher antes, durante e após a gravidez. Destina-se a avaliar a mulher na consulta pré-concecional, à vigilância da gravidez de baixo risco e à consulta do puerpério. 

Na consulta, é definido um conjunto de recomendações e intervenções adequadas à pré-conceção, à gravidez e ao puerpério, cujos objetivos são:

  • Integrar os cuidados pré-natais numa perspetiva mais abrangente, que inclua a preparação da gravidez (cuidados pré-concecionais), a vigilância da gestação e a Consulta do Puerpério, assegurando a continuidade de cuidados;
  • Identificar e orientar, precocemente, complicações e fatores de risco que possam afetar a evolução da gravidez e o bem-estar do feto;
  • Promover a saúde e a educação para a saúde ao longo da gravidez.

 

É recomendado que, quando uma mulher e/ou casal expressam a vontade de vir a engravidar, deva ser realizada uma consulta específica: a Consulta Pré-concecional.

Esta consulta deve ser efetuada antes de parar a contraceção e deve ser programada uma consulta subsequente, para avaliação dos resultados dos exames realizados e das intervenções propostas.

Faz parte da vigilância da gravidez de baixo risco:

  • Avaliar o bem-estar materno e fetal, através da história clínica e dos dados dos exames complementares de diagnóstico;
  • Identificar fatores de risco que possam vir a interferir no curso normal da gravidez, na saúde e no bem-estar materno e do feto;

  • Promover a educação para a saúde, integrando o aconselhamento e o apoio psicossocial ao longo da vigilância periódica da gravidez;

  • Preparar para o parto e a parentalidade.

 

Na gravidez de baixo risco é aconselhado:

- Realizar a 1ª consulta, o mais precocemente possível e até às 12 semanas de gravidez (1º Trimestre de gravidez);

- Realizar as consultas de vigilância pré-natal, após a 1ª consulta:

  • A cada 4-6 semanas até às 30 semanas;
  • A cada 2-3 semanas entre as 30 e as 36 semanas;
  • A cada 1-2 semanas após as 36 semanas até ao parto.

Todas as grávidas, entre as 36 e as 40 semanas, devem ter uma consulta no hospital onde se prevê que venha a ocorrer o parto.

 

Quais são as intervenções realizadas nesta consulta?

  • Avaliação da adaptação à gravidez, saúde mental e fatores psicossociais;
  • Avaliação do estado nutricional;
  • Avaliação da progressão ponderal: avaliar peso e altura e aconselhar sobre o ganho de peso adequado durante a gravidez;
  • Rastreios analíticos contemplados ao longo da gravidez;
  • Solicitação dos rastreios ecográficos contemplados ao longo da gravidez;
  • Avaliação do consumo de substâncias nocivas como tabaco, álcool e outras substâncias psicoativas;
  • Questionar sobre a ingestão de fármacos e medicamentos de venda livre;
  • Suplementação durante a gravidez;
  • Avaliação do estado vacinal;
  • Rastreio da neoplasia do colo uterino, se aplicável.

Consulta do Puerpério

O puerpério é o período de recuperação física e psicológica da mãe, que começa imediatamente após o nascimento do(s) recém-nascido(s) e prolonga-se por 6 semanas (42 dias) pós-parto.

Designa-se por Consulta de Puerpério a consulta ou consultas realizadas durante este período. Nesta fase, é importante avaliar o estado de saúde e adaptação da mulher e do recém-nascido.

Objetivos da consulta:

  • Avaliar o bem-estar físico, emocional e social da mulher, criança e família;
  • Corrigir e tratar situações de dificuldade ou desvio da normalidade, durante o puerpério;
  • Identificar situações de luto perinatal (morte da criança ou pessoa significativa para a puérpera) ou de internamento do recém-nascido, para que recebam uma intervenção específica.